O tempo não volta atrás
Qual a finalidade de falar sobre algo que já faz parte da nossa memória?
Talvez tentar entender a nossa fragilidade perante decisões importantes , perceber como a memória nos torna desligados da natureza e do "agora".
Talvez tentar entender a nossa fragilidade perante decisões importantes , perceber como a memória nos torna desligados da natureza e do "agora".
A natureza da memória é como uma aula de história, viajamos por imagens individuais e coletivas de momentos, de gente passada, que sem dar por isso anulam a emoção do sentir presente.
Este estado de ser disfuncional está fortemente enraizado em todo o mundo, continuando bem presente na forma diária como comunicamos e nos relacionamos.
A humanidade age de forma cíclica e repetida. Os mesmos erros são perpétuados e acabamos por matar a nossa natureza. Estas memórias deveriam gerar um estado de mudança e criar estados de aprendizagem contínuos e benéficos. No entanto, tal não acontece. Neste sistema aparentemente lógico e simples mostra ser altamente falível quando valores mais altos se levantam. O rio Sabor é um bom exemplo desta triste realidade.
A verdadeira crise vive nas nossas cabeças, tornamo-nos escravos das palavras. Em nome do desenvolvimento ou de qualquer outro argumento, rapidamente somos auto-convencidos tornando-nos indiferentes e apáticos. Por outras palavras ficamos reféns da memória, perdendo ensinamentos valiosos do momento presente.
Desta forma, o "vírus egóico" divide-se em muitos e passa do portador para as massas, acabando também por afetar os poucos que ainda resistem.
Espero que as novas gerações encontrem uma cura para esta pandemia intergeracional.
Se isto for feito, estes casos deixarão de ser regra e passarão a ser a exceção.
Só desta forma os falsos profetas deixarão de ter poder sobre o povo.